Tecnologia
Juiza quer desabilitar criptografia de suspeitos no Whatsapp; entenda

Criado em 19/07/16 13h45 e atualizado em 19/07/16 14h32
Por Portal EBC*
Pela quarta-vez no Brasil, internautas podem ficar sem o serviço de mensagens instantâneas Whatsapp, aplicativo sob responsabilidade da empresa Facebook. O bloquei do Whatsapp foi determinado pela juiza Daniela Barbosa, que ordenou a suspensão do acesso imediato ao aplicativo no país e já mandou comunicar as operadoras de telefonia. Não há prazo para o término do bloqueio quando ele entrar em vigor.
De acordo com a Justiça, o pedido foi feito porque os policiais investigavam o uso do aplicativo para a troca de mensagens entre criminosos. No entanto, o Facebook alegou que não poderia cumprir a decisão porque as mensagens são todas criptografadas e, portanto, não acessíveis. A criptografia garante o sigilo das conversas dos usuário.
O Whatsapp passou a utilizar criptografia ponta-a-ponta em abril de 2016. O aplicativo concorrente Telegram já o utiliza há vários anos.
Mas o que é mesmo criptografia e o que ela faz com as mensagens?
De acordo com o próprio Facebook, as mensagens que os usuários trocam entre eles são codificadas com chaves de segurança que embaralham os dados.
Quando duas pessoas trocam mensagens entre elas, chaves de criptografia são geradas automaticamente e cada usuário possui uma parte dela. Somente a combinação das duas permite o desembaralhamento do conteúdo. É por isso que você consegue enxergar as mensagens e não códigos estranhos. Essas chaves ficam salvas junto às configurações do aplicativo no seu celular.
A criptografia está sendo usada pela empresa como argumento para não entregar qualquer informação à Justiça brasileira por impossibilidades técnicas. Segundo a empresa de Mark Zuckeberger, ela não possui acesso ao teor das mensagens exatamente por não terem essas chaves individuais.
Como contra-argumento, a juíza não pede a quebra da criptografia – que talvez só seria possível com o uso de computadores quânticos, mas exigiu a criação de uma espécie de regra de exceção aos suspeitos. Ou seja, o Facebook precisaria criar alguma “gambiarra” para que os suspeitos não tenham suas mensagens criptografas e, ao mesmo tempo, que eles não saibam disso.
Segundo a Justiça do Rio, o Facebook deve realizar “a desabilitação da chave de criptografia, com a interceptação dos fluxos de dados, com o desvio em tempo real em uma das formas sugeridas pelo Ministério Público”, explica Daniela Barbosa, que também solicitou o conteúdo trocado antes da criptografia ser implementada.
Oficialmente, o Facebook diz que não se manifesta sobre as atividades do Whatsapp. Já a equipe do aplicativo ainda não apresentou nenhuma posição formal.
De acordo com especialistas em Tecnologia, a exemplo do ex-membro do Comitê Gestor da Internet (CGI), sociológo Sérgio Amadeu, a criptografia é mais usada para evitar invasões em dados sigilosos e ajudar a defender ativistas digitais da vigilância realizada por organizações governamentais como a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, o que não impede de servir para outros fins. Na visão da juíza, a criptografia não pode ser usada como justificativa para acobertar possíveis crimes.
Entenda a motivação da Justiça
De acordo com a Justiça, o pedido de bloqueio do WhatsApp foi feito pela Delegacia de Polícia Civil de Imbariê (62ª DP), porque os policiais investigavam o uso do aplicativo para a troca de mensagens entre criminosos.
No entanto, o Facebook alegou que não poderia cumprir a decisão porque as mensagens são todas criptografadas e, portanto, não acessíveis. A criptografia garante o sigilo das conversas dos usuário.
A decisão judicial também determina a instauração de procedimento policial contra o representante legal das empresas Facebook Serviços Online do Brasil Ltda, pela suspeita de crime de impedir investigação contra organização criminosa, previsto pela Lei 12.850 de 2013.
*com informações da Agência Brasil.
Creative Commons – CC BY 3.0
Notícias
Maior superlua em quase 70 anos pode ser observada nesta segunda-feira
O fenômeno por definição ocorre no momento da lua cheia, que será às 11h54 – nesta hora, o satélite estará a 363.338 km da Terra.

Criado em 13/11/16 11h12 e atualizado em 13/11/16 11h18
Por Líria Jade Fonte:Portal EBC
Nesta segunda (14), será possível observar a maior Superlua em quase 70 anos. Neste dia, a Lua se encontrará a 48,2 mil quilômetros mais próxima da Terra do que quando esteve recentemente no seu apogeu – que é o ponto mais distante da órbita. O satélite não chegava tão perto assim desde 1948 e não voltará a fazê-lo até 2034.
A superlua, contudo, não será no momento do perigeu, que ocorrerá às 9h21 (horário de Brasília). O fenômeno por definição ocorre no momento da lua cheia, que será às 11h54 – nesta hora, o satélite estará a 363.338 km da Terra.
Com exceção do eclipse da Superlua de 2015, não houve nem haverá por muito tempo uma Lua Cheia tão especial, mesmo que curiosamente tenhamos tido três Superluas consecutivas em três meses, a anterior ocorreu em 16 de outubro e a última será no dia 14 de dezembro.
Como isso acontece?
Como em qualquer outra Lua Cheia, o corpo celeste parece maior e mais brilhante quando aparece no horizonte. E o mesmo ocorre com as Superluas. Ainda que elas apareçam 14% maiores e 30% mais luminosas que as luas cheias comuns, são mais surpreendentes quando estão na linha do horizonte e não altas, no céu.
Isso acontece porque a órbita da lua não é um círculo perfeito, então em alguns pontos de sua órbita ela parece estar mais próxima do planeta Terra. “Quando a lua está em seu ponto mais distante isso é conhecido como apogeu e quando está mais perto é chamado de perigeu”, explica o cientista da Nasa Noah Petro.
No perigeu, a lua está cerca de 48 mil quilômetros mais perto da Terra do que no apogeu. Essa proximidade faz com que a lua pareça 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua cheia do apogeu. Por isso, a lua cheia do perigeu ficou conhecida como Superlua.
* Com informações da Nasa
Creative Commons – CC BY 3.0
Notícias
Artistas sírios denunciam horrores da guerra com imagens de pokémons
O conflito, que dura mais de cinco anos, já deixou mais de 280 mil mortos e causou o êxodo de mais de metade da população.

Criado em 22/07/16 17h19 e atualizado em 22/07/16 17h22
Por RFI Fonte:RFI
Para sensibilizar o mundo dos horrores da guerra, artistas sírios têm reinterpretado as imagens do conflito com pokémons chorando entre ruínas ou ao lado de extremistas, inspirados no jogo Pokémon Go, que se tornou uma febre mundial.
Esse é o caso das fotos que mostram crianças sírias com um cartaz com uma das criaturas imaginárias e uma mensagem pedindo ajuda para que as salvem da guerra. O conflito, que dura mais de cinco anos, já deixou mais de 280 mil mortos e causou o êxodo de mais de metade da população.
“Eu sou de Kafranbel, salvem-me”, diz um dos cartazes com o Pikachu, o famoso pokémon amarelo. Essa cidade, localizada em Idleb (noroeste), província nas mãos da facção síria da Al-Qaeda e de seus aliados rebeldes, tem sido alvo frequente de bombardeios do regime sírio e de seu aliado russo.
Urso de pelúcia
Já o jovem webdesigner sírio Saif Aldeen Tahhan, que reside na Dinamarca, criou imagens nas quais, em vez de personagens como Pikachu, um urso de pelúcia aparece perto de um corpo sem vida, um livro em uma sala de aula destruída por bombas ou um salva-vidas flutuando perto de um barco inflável cheio de refugiados.
“Espero que a mensagem alcance o mundo inteiro, e os sírios possam encontrar segurança”, escreveu em sua página no Facebook.
Nesta sexta-feira (22), o artista e fotógrafo sírio Khaled Akil publicou em seu blog fotografias modificadas, na qual o pokémon Charizard aparece sobre um taque dos extremistas do Estado Islâmico (EI) e um Pikachu, triste, perto de um carro queimado.
Creative Commons – CC BY 3.0
Notícias
Moraes suspende julgamento sobre entrega de dados do Google

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu o julgamento de um recurso do Google para evitar a quebra de sigilo de pessoas que teriam buscado informações sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.
O caso começou a ser julgado na semana passada no plenário virtual da Corte. Antes da interrupção provocada pelo pedido de vista, somente a relatora, ministra Rosa Weber, proferiu voto.
A defesa da plataforma recorreu ao Supremo após a Justiça determinar a identificação dos dados de um grupo indeterminado de pessoas que fizeram pesquisas sobre a vereadora dias antes do assassinato. A medida foi tomada na investigação que apura os mandantes do crime.
Ao analisar a questão, antes da aposentadoria, Rosa Weber destacou a importância da investigação, mas entendeu que quebra de sigilo indiscriminada é desproporcional e pode atingir até usuários comuns que procuraram informações sobre a morte da vereadora devido à repercussão na imprensa.
“Um número gigantesco de usuários não envolvidos em quaisquer atividades ilícitas, nos termos da decisão objurgada, teria seus sigilos afastados, a demonstrar indevida devassa e a sua absoluta desproporcionalidade em razão do excesso da medida”, argumentou a ministra.
Não há previsão para retomada do julgamento.
-
Nacional2 anos atrás
Fatos históricos e datas comemorativas de agosto de 2020
-
Notícias2 anos atrás
Moraes suspende julgamento sobre entrega de dados do Google
-
Esportes2 anos atrás
Rugby: seleção feminina leva título sul-americano e vaga à Paris 2024
-
Esportes2 anos atrás
JUBs: cerimônia de abertura destaca cultura de Joinville
-
Política2 anos atrás
Governo prevê R$ 42 bi em investimento no complexo industrial de saúde
-
Notícias2 anos atrás
Modelo de rede digital afeta desenvolvimento infantil, diz secretário
-
Saúde2 anos atrás
Hepatite A tem tendência de alta na capital paulista
-
Saúde2 anos atrás
Brasil Sorridente deverá cobrir 62,5% da população em 2024