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Polêmica da Abin: especialista em antiterrorismo critica busca por “padrões” de suspeitos

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Criado em 11/07/16 17h25 e atualizado em 15/07/16 18h56
Por Leyberson Pedrosa Fonte:Portal EBC

Após polêmica publicação de imagem na rede social Facebook que caracteriza como suspeitos de terrorismo pessoas que “utilizam roupas, mochilas e bolsas destoantes das circustâncias e do clima”, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) publicou nota onde tentou esclarecer o objetivo da publicação. A postagem solicitava que as pessoas denunciassem outras que tivessem essa característica a agentes de segurança mais próximo ou por e-mail.  “O uso de roupas inadequadas ao clima ou o nervosismo extremo de um cidadão não consistem, isoladamente, em motivo para suspeita”, explica a nota.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Abin, a peça que gerou polêmica é a segunda de uma campanha iniciada em 29 de junho realizada pelo Ministério da Defesa voltado para a segurança dos Jogos Olímpicos. 

A assessoria explica que essas características aliadas a outros elementos podem, de fato, representar alerta para as forças de segurança. “A iniciativa visa orientar, de forma contínua, todas as camadas da sociedade para que a população sinta-se encorajada a contribuir com os órgãos de segurança na prevenção de ações terroristas”, diz outro trecho da nota. 

“Terroristas tentam se misturar com as pessoas”

Na visão de Marcus Reis, especialista em estudos de antiterrorismo, a Abin tentou alertar os brasileiros a ficarem atentos à quebra de padrões em lugares públicos. Contudo, Reis reforça que diferentes pesquisas mostram que os padrões definididos de possíveis terroristas estão “furados”. No caso do temperamento, por exemplo, o especialista lembra que terroristas suícidas já assumiram a morte e não se mostram nervosos. 

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“Da mesma forma, não tem essa de que pobre sem estudo é o terrorista. Um cara bem formado também pode cometer  atentado. Além disso, os terroristas, hoje em dia, tentam se misturar ao máximo”, afirma. 

Segundo Reis, em outros países como os Estados Unidos é comum  essa preocupação por condutas que fujam ao padrão como o caso de vestir uma blusa de frio, o que não ocorre no Brasil. “É muito complicado. Uma pessoa com casaco pode estar armada ou gripada, com frio. Se não, uma mulher com burca que chega a um aeroporto do interior do país vai acabar denunciada pela diferença de seus trajes”. compara. 

Ironia na rede

A postagem na página da Abin no Facebook contava com quase 9 mil compartilhamentos e 2 mil comentários até às 19h40. Apesar do grande número de interações, a maioria do comentários ironizava a publicação.

Entre elas, a internauta Márcia de Andrade critica o atraso do Brasil em relação à experiência da França, onde estuda. Para a universitária, “o terrorista que se preza tem a aparência que ele quiser”.

Já João Marcelo Metz criticou a comparação feita pela peça, aplicando a mesma lógica para outros cenários

Na postagem da nota, Tatti Maede considera que a descrição feita e “absurdamente genérica” e rebate a tentativa da Abin de defender a postagem

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A Abin explica que as forças de segurança estão recebendo capacitação para a segurança dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e que  “cabe ‘as forças e aos profissionais de segurança local avaliarem, a partir das informações repassadas pela população, se há motivo para alerta e adoção de medidas preventivas”. 

Já Gleydson Vieira considera que o trabalho do Ministério da Defesa, Justiça e Abin tem sido relevante para os voluntários da Amazônia que participarão dos jogos. 

Confira a nota completa da Abin no link acima.

Creative Commons – CC BY 3.0

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Notícias

Maior superlua em quase 70 anos pode ser observada nesta segunda-feira

O fenômeno por definição ocorre no momento da lua cheia, que será às 11h54 – nesta hora, o satélite estará a 363.338 km da Terra.

Publicado

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Criado em 13/11/16 11h12 e atualizado em 13/11/16 11h18
Por Líria Jade Fonte:Portal EBC

Nesta segunda (14), será possível observar a maior Superlua em quase 70 anos. Neste dia, a Lua se encontrará a 48,2 mil quilômetros mais próxima da Terra do que quando esteve recentemente no seu apogeu – que é o ponto mais distante da órbita. O satélite não chegava tão perto assim desde 1948 e não voltará a fazê-lo até 2034.

A superlua, contudo, não será no momento do perigeu, que ocorrerá às 9h21 (horário de Brasília). O fenômeno por definição ocorre no momento da lua cheia, que será às 11h54 – nesta hora, o satélite estará a 363.338 km da Terra.

Com exceção do eclipse da Superlua de 2015, não houve nem haverá por muito tempo uma Lua Cheia tão especial, mesmo que curiosamente tenhamos tido três Superluas consecutivas em três meses, a anterior ocorreu em 16 de outubro e a última será no dia 14 de dezembro.

Como isso acontece?

Como em qualquer outra Lua Cheia, o corpo celeste parece maior e mais brilhante quando aparece no horizonte. E o mesmo ocorre com as Superluas. Ainda que elas apareçam 14% maiores e 30% mais luminosas que as luas cheias comuns, são mais surpreendentes quando estão na linha do horizonte e não altas, no céu.

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Isso acontece porque a órbita da lua não é um círculo perfeito, então em alguns pontos de sua órbita ela parece estar mais próxima do planeta Terra. “Quando a lua está em seu ponto mais distante isso é conhecido como apogeu e quando está mais perto é chamado de perigeu”, explica o cientista da Nasa Noah Petro.

No perigeu, a lua está cerca de 48 mil quilômetros mais perto da Terra do que no apogeu. Essa proximidade faz com que a lua pareça 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua cheia do apogeu. Por isso, a lua cheia do perigeu ficou conhecida como Superlua.

* Com informações da Nasa

Creative Commons – CC BY 3.0

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Artistas sírios denunciam horrores da guerra com imagens de pokémons

O conflito, que dura mais de cinco anos, já deixou mais de 280 mil mortos e causou o êxodo de mais de metade da população.

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Criado em 22/07/16 17h19 e atualizado em 22/07/16 17h22
Por RFI Fonte:RFI

Para sensibilizar o mundo dos horrores da guerra, artistas sírios têm reinterpretado as imagens do conflito com pokémons chorando entre ruínas ou ao lado de extremistas, inspirados no jogo Pokémon Go, que se tornou uma febre mundial.

Esse é o caso das fotos que mostram crianças sírias com um cartaz com uma das criaturas imaginárias e uma mensagem pedindo ajuda para que as salvem da guerra. O conflito, que dura mais de cinco anos, já deixou mais de 280 mil mortos e causou o êxodo de mais de metade da população.

“Eu sou de Kafranbel, salvem-me”, diz um dos cartazes com o Pikachu, o famoso pokémon amarelo. Essa cidade, localizada em Idleb (noroeste), província nas mãos da facção síria da Al-Qaeda e de seus aliados rebeldes, tem sido alvo frequente de bombardeios do regime sírio e de seu aliado russo.

Urso de pelúcia

Já o jovem webdesigner sírio Saif Aldeen Tahhan, que reside na Dinamarca, criou imagens nas quais, em vez de personagens como Pikachu, um urso de pelúcia aparece perto de um corpo sem vida, um livro em uma sala de aula destruída por bombas ou um salva-vidas flutuando perto de um barco inflável cheio de refugiados.

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“Espero que a mensagem alcance o mundo inteiro, e os sírios possam encontrar segurança”, escreveu em sua página no Facebook.

Nesta sexta-feira (22), o artista e fotógrafo sírio Khaled Akil publicou em seu blog fotografias modificadas, na qual o pokémon Charizard aparece sobre um taque dos extremistas do Estado Islâmico (EI) e um Pikachu, triste, perto de um carro queimado.

Creative Commons – CC BY 3.0

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Moraes suspende julgamento sobre entrega de dados do Google

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu o julgamento de um recurso do Google para evitar a quebra de sigilo de pessoas que teriam buscado informações sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.

O caso começou a ser julgado na semana passada no plenário virtual da Corte. Antes da interrupção provocada pelo pedido de vista, somente a relatora, ministra Rosa Weber, proferiu voto.

A defesa da plataforma recorreu ao Supremo após a Justiça determinar a identificação dos dados de um grupo indeterminado de pessoas que fizeram pesquisas sobre a vereadora dias antes do assassinato. A medida foi tomada na investigação que apura os mandantes do crime.

Ao analisar a questão, antes da aposentadoria, Rosa Weber destacou a importância da investigação, mas entendeu que quebra de sigilo indiscriminada é desproporcional e pode atingir até usuários comuns que procuraram informações sobre a morte da vereadora devido à repercussão na imprensa.

“Um número gigantesco de usuários não envolvidos em quaisquer atividades ilícitas, nos termos da decisão objurgada, teria seus sigilos afastados, a demonstrar indevida devassa e a sua absoluta desproporcionalidade em razão do excesso da medida”, argumentou a ministra.

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Não há previsão para retomada do julgamento.

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