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Saúde

Projeto ensina alunos do DF a identificar fake news sobre vacinas

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Nesta semana, alunos do Centro de Ensino Fundamental Queima Lençol, em uma área rural de Sobradinho, no Distrito Federal, aprenderam como identificar se uma informação que recebem pelas redes sociais, chats de conversa é verdadeira ou não.

O grupo participou da segunda edição do projeto Conhecimento é vacina para desinformação. Nele, cerca de 30 estudantes, na faixa etária de 13 a 15 anos, conheceram quais caminhos para identificar a veracidade de uma mensagem.

Desde 2017, a jornalista Gracielly Bittencourt, idealizadora do projeto, passou a pesquisar sobre desinformação, dedicando-se aos impactos da divulgação de notícias falsas, as fake news, na vacinação de HPV, que previne o Papilomavírus Humano, responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo e associado ao desenvolvimento do câncer de colo de útero e outros tumores.

Gracielly Bittencourt, idealizadora do projeto desde 2017- Foto Cleiton Freitas
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Em suas pesquisas, ela identificou que a baixa procura pela vacina, indicada para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade, está relacionada à divulgação de informações infundadas sobre a eficácia e segurança do imunizante. 

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2019, 87,08% das meninas entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina. Em 2022, o percentual caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal passou de 61,55%, em 2019, para 52,16% em 2022. O recomendado é imunizar 90% do público-alvo.

Veja aqui especial 50 anos de vacinas para todos.

A partir daí, desenvolveu o projeto como forma de mostrar aos jovens a importância de consumir informações corretas. “Não adianta mais apenas checarmos as notícias. A gente precisa formar o público para saber o que é verdade ou falso”, afirma a jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A iniciativa foi vencedora do programa FactCheckLab em 2020. Em 2022, a jornalista participou do International Visitor Leadership Program (IVLP), curso de jovens líderes promovido pelo governo norte-americano e decidiu tirar o projeto do papel. O projeto tem apoio financeiro do Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos Estados Unidos.  

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Aprender a checar uma informação

Nas oficinas, realizadas nos dias 30 e 31 de outubro, os estudantes da escola Queima Lençol conheceram o trabalho de um profissional especializado em checar notícias e puderam aprender passos básicos que podem ser adotados para identificar uma fake news, como verificar a fonte da informação, a data de divulgação da notícia ou se a imagem é realmente relacionada ao fato descrito por meio de buscas na internet. 

Segundo a jornalista, pela proximidade com as redes sociais e habilidade com tecnologia, os jovens rapidamente conseguem encontrar uma fake news, no entanto, precisam entender o que é confiável ou não. “Com ações simples, você consegue perceber [a desinformação]. Não é preciso ser um grande investigador”, explica. “Eles são capazes, só falta o despertar”, acrescenta.

Nas conversas, os jovens trazem dúvidas básicas sobre a vacina de HPV, entre elas, se podem tomar doses atrasadas. 

É o caso de João Felipe Oliveira, do 8º ano, que contou não saber do imunizante antes de participar do projeto. “Achei bem legal conscientizar os jovens sobre a importância das vacinas. Não ficar caindo em qualquer coisa que vê no WhatsApp, porque normalmente é mentira”, disse.

Para Gracielly Bittencourt, o desconhecimento sobre a vacina mostra que a informação não chegou a esse público por uma falta de ação do Estado e das próprias famílias. 

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A professora de matemática do centro de ensino, Raiane Ribeiro, contou que a escola tentou promover a ida de uma equipe de saúde para uma ação de vacinação dentro da escola, porém vários pais desautorizaram a medida. Para a docente, as negativas têm relação com informações falsas.

Raiane Ribeiro acredita que projeto poderá ajudar a difundir a cultura da checagem de informação entre os estudantes e nos seus lares. “É importante que eles [alunos] entendam como procurar sites confiáveis. O que eles recebem via WhatsApp, Instagram, eles passam para frente sem verificar a veracidade da informação.”

As oficinas terão uma terceira edição. A primeira ocorreu em 2022 em uma escola de Ceilândia, também no Distrito Federal. 

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Saúde

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

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O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.

A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.

>>Saúde anuncia 80 municípios prioritários para ações contra dengue

Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).

São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).

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Saúde

Anvisa obriga retenção de receita para venda de canetas como Ozempic 

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira (16) tornar obrigatória a retenção de receita médica na venda das chamadas canetas emagrecedoras como Ozempic, Saxenda e Wegovy. Os medicamentos são prescritos para pacientes com diabetes tipo 2 e também são usados por quem deseja perder peso.

A partir de agora, as farmácias deverão reter o receituário no ato da compra pelo consumidor. Antes da decisão, a venda era feita somente com a apresentação da receita.

A medida foi tomada pela Anvisa durante reunião da diretoria colegiada do órgão. Por unanimidade, a agência entendeu que a retenção é necessária para aumentar o controle do uso desses medicamentos e proteger a saúde coletiva do “consumo irracional” dos emagrecedores.

Para serem aceitas nas drogarias, as receitas deverão ter validade de 90 dias e possuírem duas vias. Os estabelecimentos deverão registrar o receituário no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).

Eventos adversos

A decisão da Anvisa entrará em vigor 60 dias após a publicação da medida, que deve ocorrer nos próximos dias.

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De acordo com a agência, a restrição foi aprovada após a constatação de um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso indiscriminado dos emagrecedores.

Os efeitos ocorrem principalmente em pessoas que decidiram usar as canetas apenas com finalidade estética, sem acompanhamento médico.

Uso indiscriminado

A retenção do receituário médico é defendida por entidades da área da saúde. No fim do ano passado, as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes divulgaram uma carta aberta defendendo a retenção de receita para a venda dos agonistas de GLP-1, nome técnico das canetas emagrecedoras.

Para as entidades, o uso indiscriminado gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso dos pacientes que realmente necessitam do tratamento.

De acordo com especialistas, o uso de emagrecedores sem acompanhamento médico e com a dosagem inadequada pode provocar náuseas, distensão abdominal, constipação ou diarreia.

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O uso incorreto também pode agravar transtornos psicológicos e alimentares.

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Saúde

Rio amplia vacinação da gripe para os maiores de 6 meses de idade

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A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro ampliou o público-alvo da vacinação contra a influenza para toda a população a partir dos 6 meses de idade. A medida começa a valer nesta quarta-feira (16) e visa proteger mais pessoas contra a doença. Este ano, 400 mil cidadãos já se imunizaram contra a gripe e a meta é proteger cerca de 3 milhões de cariocas.

Para se imunizar, é preciso comparecer a uma unidade de saúde com documento de identidade e, se disponível, a caderneta de vacinação. A dose é anual, e  quem se vacinou no ano passado precisa tomar uma nova dose este ano. Para quem já tomou o imunizante, o esquema vacinal é de dose única. Só este ano, o município do Rio de Janeiro registrou sete óbitos e 85 internações para a doença.

“Vale ressaltar que a vacina contra gripe é segura e contém as cepas atualizadas para imunização em 2025. As únicas exceções para precaução são pessoas com histórico de alergia grave em dose anterior do imunizante. Não há indicação para crianças menores de 6 meses de idade. Em caso de dúvidas, os serviços municipais de saúde poderão avaliar e dar as devidas orientações”, orienta a secretaria.

A vacinação está disponível nas 240 salas de vacinação em unidades de saúde e no Super Centro Carioca de Vacinação, unidades Botafogo, funcionamento de domingo a domingo, das 8h às 22h, e Campo Grande, no Parkshopping Campo Grande, funcionamento de domingo a domingo, de acordo com o horário do centro comercial.

O Rio de Janeiro começou a campanha de vacinação contra a gripe no dia 29 de março. O primeiro grupo imunizado foi o de profissionais da área de saúde. A vacina protege contra três tipos de influenza: H1N1 (Victoria), H3N2 (Tailândia) e B (Áustria). 

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