Saúde
Brasil pode atingir meta da OMS na eliminação de doenças até 2030

O diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Dráurio Barreira, disse nesta sexta-feira (10), que o Brasil não tem a pretensão de ter incidência zero de hanseníase, hepatite e HIV (vírus da imunodeficiência humana, causador da aids), mas vai perseguir a meta da Organização Mundial da Saúde para o ano de 2030.
“Temos a pretensão de atingir as metas colocadas pela Organização Mundial da Saúde para o ano de 2030. O HIV, por exemplo, eu tenho absoluta convicção de que a gente vai atingir, em 2 anos, as metas [propostas pelo Unaids] de 95-95-95, que são detectar 95% das pessoas que têm o HIV; colocá-las, 95% delas, em tratamento antirretroviral; e tornar indetectável a carga viral daquelas tratadas”, disse o diretor do Ministério da Saúde, na 17ª edição da ExpoEpi, Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças, promovida pelo Ministério da Saúde.
Profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), gestores, agentes públicos de saúde, pesquisadores, e representantes de movimentos sociais estiveram reunidos nesta semana, em Brasília, para debater o fortalecimento do sistema público de saúde e promover a troca de conhecimentos sobre os avanços na saúde coletiva com vistas a preparar o Brasil para eventuais emergências em saúde pública.
17ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (ExpoEpi) – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nos três dias do evento, foram realizados painéis, mostras e mesas redondas onde foram debatidos o panorama da saúde coletiva no Brasil e os desafios no cumprimento da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que prevê acabar com as epidemias de aids, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, até 2030, e também o combate às hepatites e outras doenças transmitidas pela água.
Dráurio Barreira comemorou que o município de São Paulo já atingiu a métrica de eliminação da transmissão vertical do HIV. Segundo ele, há 5 anos o município tem decréscimo do número de casos de aids.
Durante a palestra, Dráurio Barreira defendeu a necessidade de dar uma atenção especial aos grupos com grande percentual de casos novos de doenças infecciosas, como a população em situação de rua, a população privada de liberdade, a população LGBTQIA+ e povos tradicionais.
Já a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, tratou dos entraves para eliminação de diversas doenças de populações negligenciadas. Ela citou alguns desafios na prevenção e tratamento da hanseníase. “A alta rotatividade dos profissionais, a formação deficiente em hanseníase e, para isso, a gente vai trabalhar na capacitação com oficinas e cursos organizados pelo Ministério da Saúde. A gente também vai melhorar a capacidade da rede no diagnóstico, no tratamento e prevenção da hanseníase. Além da questão da regulação de referência e a reestruturação da rede de reabilitação [dos pacientes]”.
17ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (ExpoEpi) – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em palestra que debateu a saúde da população negra e o racismo no SUS em relação aos usuários e aos profissionais de saúde, a professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Jeane Saskya expôs situações como a minimização ou a negação do racismo ou do privilégio de pessoas brancas; a desqualificação de denúncias; invisibilização ou impedimento de ascensão de profissionais negros do SUS e outros assédios.
Jeane Saskya condenou a subnotificação do quesito raça-cor no prontuário de pacientes, o que, segundo ela, prejudica a coleta de dados, a definição do perfil epidemiológico da população preta e, consequentemente, a construção de políticas públicas específicas para esse público.
Em entrevista à Agência Brasil, a docente lembrou que uma das bases do SUS é a equidade e a prioridade que deve ser dada às populações que estão com maiores riscos à saúde, e que precisam de mais investimento político, de financiamento na assistência.
“Sabemos que esse racismo pode trazer sérios prejuízos de não cuidado, de não assistência. A população negra desenvolve uma série de doenças por causas que poderiam ser tranquilamente evitáveis, por negligência, por violência e causas externas que poderiam ser evitadas. Para o próprio bom andamento do sistema de saúde, é importante que essa população tenha a saúde protegida, até para não sobrecarregar, por uma questão ética também, porque somos cidadãos de direitos, nós temos direito à saúde”, explicou.
Sobre a saúde de migrantes, apátridas e refugiados no Brasil, o coordenador-geral de Vigilância das Emergências em Saúde Pública, João Roberto Cavalcante Sampaio relatou episódios de negligência e de discriminação de pessoas vindas de outros países, sobretudo durante a pandemia da covid-19.
“Eles enfrentam doenças antes, durante e depois da migração forçada, muitos enfrentam doenças transmissíveis, mas a maioria enfrenta doenças crônicas. Além, obviamente, de sofrimento em saúde mental”.
João Roberto ressalta que o acesso ao SUS é universal e não pode ser restrito aos cidadãos brasileiros.
Intervenções sociais
17ª ExpoEpi abriu espaço para troca de conhecimentos entre gestores, movimentos sociais, academia e profissionais do SUS – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na ExpoEpi, palestrantes tiveram contato mais próximo com o público e puderam relatar intervenções sociais desenvolvidas pelos movimentos sociais.
Ana Bartira da Penha Silva, assistente social no bairro da Engenhoca, em Niterói, no Rio de Janeiro, e membro do Centro de Estudos de Afro-Brasileiro Ironides Rodrigues, disse que usa a comunicação como recurso de enfrentamento ao racismo religioso cometido contra praticantes de religiões de matriz africana dentro do sistema de saúde. Ela reclama da falta de acesso à saúde na atenção básica.
“É muito importante que esse posto de saúde, onde ocorre o primeiro atendimento, seja um espaço acolhedor, que entenda a comunidade como um todo. Cada um tem um problema específico e demandas. A comunidade não consegue acessar os postos de saúde, muita gente está doente por falta do acesso à saúde”.
Uma das espectadora do evento, a integrante da equipe do Distrito Sanitário Especial Indígenas do Médio Rio Purus, no Amazonas, a médica Adriny Galvão, teve a oportunidade de conhecer outros profissionais de saúde que trabalham também em territórios indígenas de várias partes do país. Ela conseguiu compartilhar vivências na prestação de atenção primária à saúde direcionada às populações indígenas e sobre a vigilância epidemiológica nessas localidades.
“A vigilância [epidemiológica] dentro de um território indígena não é algo fácil de fazer, porque a gente não tem acesso a sistemas, a comunicação é precária, a rede de comunicação e a logística são diferenciadas”, explicou. Para a médica, participar da 17ª edição da ExpoEpi foi válido. “Por meio de eventos como esse, a gente acaba afunilando ideias junto com outros departamentos, tendo informações. Assim, aprimoramos a vigilância de agravos de doenças, dentro dos nossos territórios indígenas”.
17ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (ExpoEpi) – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Premiação
No fim do evento, o Ministério da Saúde premiou iniciativas exitosas do SUS. Ao todo, mais de 1,8 mil trabalhos foram inscritos, maior número já registrado nas edições do evento. Do total de contribuições recebidas este ano, 1.498 foram experiências realizadas pelos serviços de saúde credenciados ao SUS, 275 trabalhos técnico-científicos dos profissionais do SUS e 39 ações desenvolvidas pelos movimentos sociais.
Saúde
Mais Médicos: 407 profissionais começam a atuar em 22 estados

A partir desta semana, 407 médicos formados no exterior e que concluíram o Módulo de Acolhimento e Avaliação do Programa Mais Médicos começam a atuar no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que o grupo atue em 180 municípios e 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), distribuídos em 22 estados.
“Com a chegada desses médicos, o Ministério da Saúde espera impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena”, destacou a pasta em nota.
De acordo com o comunicado, antes de iniciarem as atividades, os profissionais de saúde passaram por um treinamento específico para atuar em situações de urgência e emergência e também no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões onde vão atuar, incluindo a malária.
“Com o objetivo de assegurar a eficácia do programa e a qualidade do atendimento prestado à população, a pasta acompanha de perto o desempenho dos profissionais. Um dos principais instrumentos de monitoramento é o e-SUS APS, que permite registrar e acompanhar o histórico dos pacientes, facilitando a integração entre a atenção primária e os demais níveis de cuidado,” informa inda o ministério.
>> Mais Médicos: Saúde anuncia 2,2 mil novas vagas e cadastro reserva
Números
Atualmente, cerca de 24,9 mil profissionais do Mais Médicos atuam em 4,2 mil municípios – 77% do território nacional. Dentre as cidades, 1,7 mil, segundo o ministério, apresentam altos níveis de vulnerabilidade social. A meta é alcançar 28 mil profissionais no programa até o final de 2025.
“Em dezembro de 2024, o programa registrou um marco ao atingir o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões”, destacou a pasta.
Saúde
Colégio de Radiologia afirma segurança de tomografias computadorizadas

O uso da tomografia computadorizada para o diagnóstico de doenças é seguro, eficaz e contribui para a redução das taxas de mortalidade e para o aumento da expectativa de vida. A avaliação é do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).
Em nota pública, divulgada nesta quinta-feira (24), a entidade reforça que a tomografia computadorizada impacta positivamente na queda no número de cirurgias invasivas, internações desnecessárias e tempo de permanência hospitalar.
A nota pública foi editada depois que um artigo, publicado no periódico JAMA Internal Medicine, sugeriu que, se práticas atuais de dosagem e utilização de radiação forem mantidas, cânceres associados à tomografia computadorizada poderiam, eventualmente, representar 5% de todos os novos diagnósticos da doença ao ano.
“Os pacientes devem continuar realizando tomografias computadorizadas sempre que indicadas por seus médicos, com diálogo transparente sobre benefícios e riscos envolvidos”, reforçou o CBR.
De acordo com a entidade, o estudo se baseia em modelagens matemáticas derivadas de dados de sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, cuja exposição à radiação foi aguda, de origem não médica, e em circunstâncias portanto muito distintas das que ocorrem em exames.
Ainda segundo o CBR, o modelo utilizado no estudo assume que qualquer dose de radiação, por menor que seja, aumenta proporcionalmente o risco de câncer.
“Essa premissa, no entanto, é controversa, especialmente no caso de doses baixas repetidas, como as utilizadas na maioria das tomografias computadorizadas realizadas atualmente. Importante destacar que o estudo não apresenta um levantamento baseado em observações clínicas diretas, mas sim de estimativas teóricas.
O CBR cita ainda que entidades internacionais também se manifestaram sobre o tema no mesmo sentido, incluindo o Colégio Americano de Radiologia (ACR) e a Associação Americana de Físicos em Medicina (AAPM), organização em física médica que representa mais de 9 mil profissionais em 96 países.
Confira, a seguir, a íntegra da nota pública sobre a segurança das tomografias computadorizadas:
De acordo com o presidente do CBR, Rubens Chojniak, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem considera fundamental esclarecer a população e os profissionais de saúde sobre os dados divulgados na matéria publicada recentemente na imprensa a partir de estudo da Universidade da Califórnia (UCSF).
“É essencial contextualizar adequadamente os dados divulgados para evitar interpretações alarmistas que possam gerar receios infundados e até prejuízos à saúde da população. O estudo mencionado se baseia em modelagens matemáticas derivadas de dados de sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, cuja exposição à radiação foi aguda, de origem não médica, e em circunstâncias portanto muito distintas das que ocorrem em exames”, disse Rubens Chojniak.
Ele explicou ainda que o modelo utilizado assume que qualquer dose de radiação, por menor que seja, aumenta proporcionalmente o risco de câncer. Essa premissa, no entanto, é controversa, especialmente no caso de doses baixas repetidas, como as utilizadas na maioria das TCs realizadas atualmente. Importante destacar que o estudo não apresenta um levantamento baseado em observações clínicas diretas, mas sim de estimativas teóricas.
Boas práticas
“O CBR valoriza o debate científico e reconhece a importância de promover o uso consciente e criterioso da radiação médica. Por isso, edita regularmente materiais educativos e estimula discussões permanentes sobre boas práticas no uso dos exames de imagem. Também apoia iniciativas internacionais como o Image Wisely e o Image Gently, que orientam profissionais e pacientes sobre a segurança e a adequação do uso da radiação, especialmente em populações mais sensíveis”, ressaltou ainda Chojniak.
Outras importantes organizações internacionais também se manifestaram sobre o tema no mesmo sentido, como o Colégio Americano de Radiologia (ACR) e a Associação Americana de Físicos em Medicina (AAPM), organização em física médica que representa mais de 9 mil profissionais em 96 países.
O uso das tomografias computadorizadas e outros exames de imagem qualifica muito a saúde da população, afirma o CBR, que na nota faz algumas recomendações aos pacientes e seus familiares para que tudo seja realizado de forma ainda mais segura e eficiente. Entre as recomendações está conversar com seu médico sobre o funcionamento de cada um dos diferentes tipos de procedimentos e as vantagens e os riscos envolvidos.
No contato com o médico, o paciente ou familiar pode indagar sobre alternativas ao uso de tomografias computadorizadas que não utilizam radiação e são igualmente eficazes, como ressonância magnética ou ultrassonografia, certificando-se do grau de especificidade desejado pelo médico para cada caso.
Outra medida importante é verificar a infraestrutura do local onde os exames serão realizados (padrões dos equipamentos, avaliações regulares, posse de certificações e confirmação de que os laudos são emitidos por médicos radiologistas com rigorosos critérios de formação e treinamento). Por fim, o CBR orienta que os resultados dos exames de imagens sejam guardados para comparações posteriores.
Ferramenta útil
As tomografias computadorizadas produzem imagens detalhadas do corpo, oferecendo mais informações do que exames de raios-X comuns. “O uso da tomografia computadorizada é seguro, eficaz e amplamente reconhecido pela comunidade médica como ferramenta fundamental para o diagnóstico precoce, acompanhamento e tratamento de diversas doenças. Evidências mostram, por exemplo, que a TC reduz drasticamente erros diagnósticos em casos como apendicite, além de ser decisiva na triagem e detecção precoce de cânceres como o de pulmão”, disse o presidente do Colégio.
No contexto brasileiro, o principal desafio da saúde pública é, muitas vezes, o acesso a esse tipo de exame em determinadas regiões. A indisponibilidade da tomografia, representa um risco real e mais imediato à saúde da população do que os efeitos teóricos do uso responsável da radiação médica. “O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem segue atento aos avanços científicos e tecnológicos, e permanece à disposição da sociedade e dos gestores da saúde pública e privada para contribuir com informações baseadas em evidências, que assegurem o acesso dos brasileiros a um diagnóstico por imagem seguro, ético e de excelência”, conclui o CBR em sua nota.
Saúde
MEC vai avaliar qualidade de cursos de medicina anualmente

O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta quarta-feira (23) o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). A proposta é estabelecer um instrumento unificado de avaliação da formação médica no Brasil. Os resultados, segundo a pasta, poderão ser utilizados inclusive para acesso a programas de residência médica.
A prova, realizada anualmente e já com uma primeira etapa prevista para outubro deste ano, será conduzida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao MEC.
Ainda de acordo com o ministério, o exame vai unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos de medicina e da prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
Durante a cerimônia de lançamento, o ministro da Educação, Camilo Santana, avaliou que o Enamed tem relevância estratégica nacional no que diz respeito à avaliação da formação médica no Brasil e que seus resultados vão impactar diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS) e o ingresso de novos profissionais no mercado de trabalho.
“Vamos formar agora um grupo de trabalho a partir do decreto da comissão interministerial para discutir a proposta que o Inep está colocando dessa prova, dessa avaliação. Vamos chamar conselhos, entidades de classe. Vamos chamar todos para discutir o melhor formato. Já queremos aplicar em outubro aqui no Brasil,
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância de se ter uma avaliação capaz de aferir o progresso do estudante, que aconteça ao longo da formação e não apenas ao final do curso. “Permite que a gente possa avaliar o progresso desse estudante e trazer à luz a instituição formadora”.
“Ainda mais no caso do nosso país, e em outros países do mundo, onde a formação médica, boa parte, é paga, tem mensalidades. Tem que ter um olhar sobre essa instituição formadora. Ou ela vai continuar faturando com as suas mensalidades enquanto oferece baixa qualidade na formação.”
Em nota, o MEC citou os seguintes pontos como objetivos do Enamed:
– avaliação da formação médica: verificar se os concluintes dos cursos de medicina adquiriram as competências e habilidades exigidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs);
– apoio à melhoria dos cursos: fornecer insumos para o aprimoramento das graduações em medicina, contribuindo para a qualidade da educação médica no Brasil;
– aprimoramento da seleção para a residência médica: unificar a avaliação do Enade e a prova objetiva do Enare, otimizando o acesso à residência médica de acesso direto;
– fortalecimento do SUS: garantir que os futuros médicos estejam preparados para atuar de maneira qualificada na rede pública;
– unificação e transparência: criar um modelo padronizado de avaliação, democratizando o ingresso nos programas de residência médica de acesso direto.
Entenda
De acordo com a pasta, o Enamed deve ser organizado como um instrumento unificado de avaliação da formação médica no Brasil, na forma de um exame “guarda-chuva”, tendo como base a aplicação do Enade. A avaliação atenderá a dois públicos específicos:
– estudantes de medicina inscritos no Enade, que indicarão seu interesse em utilizar a nota da prova no processo seletivo do Enare;
– médicos interessados em participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto do Enare, inscritos no Enamed, no período a ser estabelecido no edital do exame.
Inscrição e provas
A previsão é que as inscrições para o Enamed sejam abertas no mês de julho, sendo que o exame será obrigatório para todos os estudantes de medicina concluintes. A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais, para dezembro.
Para utilizar os resultados do Enamed para o Enare, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto em casos de isenção previstos em edital). Os estudantes que farão Enade e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência estão isentos de taxa.
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