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Júri absolve PM acusado de matar adolescente no DF; MP vai recorrer

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O Tribunal do Júri de Samambaia (DF) inocentou o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Edimilson Dias Ferreira Júnior da acusação de ter matado a tiro adolescente Gustavo Henrique Soares Gomes, 17 anos, em 2022. Nesta sexta-feira (17), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) confirmou à Agência Brasil que pretende recorrer da decisão de primeira instância.

A decisão do júri foi anunciada na noite da última terça-feira (14), após cerca de 15 horas de julgamento. Formado por um juiz, que o preside, e por sete pessoas escolhidas para compor o júri, o conselho de sentença do tribunal reconheceu, por maioria, a materialidade e autoria do crime, mas absolveu Edimilson.

Para a irmã de Gustavo, Yandra Rafaela Marques, o recurso é uma chance de dar ao adolescente um julgamento justo, o que a família entende que não ocorreu. “O normal é as pessoas poderem acompanhar qualquer julgamento do início ao fim. No [caso ] do Gustavo foi totalmente diferente. Havia amigos e parentes do meu irmão, gente que chegou cedo ao fórum e que não pôde entrar para acompanhar a audiência. A família só pôde entrar praticamente no final, quando a sentença estava para ser anunciada e o policial, absolvido”, disse Yandra, acrescentando que nem mesmo sua mãe conseguiu assistir ao julgamento.

“Além disso, o policial simplesmente não precisou permanecer sentado na cadeira dos réus [durante a oitiva das testemunhas], como qualquer outra pessoa que esteja sendo julgada. Ele só retornou quando a juíza ia dar a sentença”, acrescentou Yandra. “Para nós, foi tudo muito dolorido. Quando a juíza anunciou a absolvição, tivemos uma sensação parecida com a que sentimos no dia do velório do meu irmão. Uma sensação de impunidade.”

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) não respondeu às críticas. Já o advogado Júlio Cesar de Souza Lima, que defende o policial, confirmou que pediu à juíza substituta Viviane Kazmierczak para que seu cliente fosse autorizado a deixar a sala durante a longa sessão de testemunhos.

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“Esta é uma prerrogativa da defesa. O réu tem direito a, participando do julgamento, ouvir ou não os testemunhos. Como ele estava muito nervoso e teve inclusive que ser atendido pela equipe médica do tribunal, eu pedi isso, mas ele foi interrogado e respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas pela magistrada, pela acusação e pela defesa”, sustentou o advogado.

O adolescente estava na garupa de uma moto quando foi atingido pelos tiros. De acordo com o defensor, para o júri, a ação que motivou o disparo policial foi deflagrada pelo piloto da moto e pela própria vítima. “O Edimilson [Júnior] estava devidamente fardado, fazendo abordagens legais, de rotina, no meio da via pública. O condutor da moto, em vez de frear, acelerou contra os policiais. E o garupa, ao passar próximo aos policiais, fez menção de colocar a mão na cintura, como se fosse sacar uma arma”, detalhou Lima, confirmando que o simulacro supostamente encontrado próximo ao local da ocorrência já tinha sido descartado como prova.

“De fato, o objeto foi submetido à perícia e não foram encontrados vestígios de digitais nem dos garotos, nem dos policiais que o manusearam ao encontrá-lo durante uma varredura no local. Em nenhum momento os policiais falaram que o simulacro pertencia aos garotos”, afirmou o advogado, dizendo não acreditar que um eventual recurso do MP resulte em uma sentença diferente da já proferida.

“A decisão dos jurados veio colocar uma pedra sobre o assunto. Não consigo enxergar a possibilidade de reforma desta decisão, por mais natural que seja o inconformismo da família [da vítima]. Guardadas as proporções, assim como a família [da vítima] sofreu e está sofrendo, o Edmilson também sofreu muito com tudo isso. Ele passou sete meses afastado [do serviço], em tratamento psiquiátrico. Foi acusado de ser um assassino, de matar um jovem pelo fato deste ser negro, periférico, mas nada disso procede e o júri entendeu que ele agiu em legítima defesa, no exercício legal de sua atividade. O fato é que o Edimilson é um policial com 13 anos de carreira que nunca cometeu qualquer infração disciplinar ou penal”, destacou o advogado.

Entenda o caso

Gustavo Henrique Soares Gomes foi baleado na tarde de 28 de janeiro do ano passado. Segundo a PM divulgou à época, o adolescente estava na garupa de uma moto cujo piloto, Gustavo Matheus Santana da Silva, de 18 anos, não parou em um bloqueio policial montado em uma via de Samambaia, região administrativa do Distrito Federal a cerca de 40 quilômetros de distância do centro.

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Ainda de acordo com policiais militares que participaram da abordagem, enquanto o piloto acelerava o veículo para escapar da blitz, Gustavo levou uma das mãos à cintura, como se fosse apanhar algo sob a blusa.

Edimilson alega que, sentindo-se ameaçado, disparou contra a dupla, em legítima defesa. Os advogados dele se basearam nessa versão para, no curso do processo, pedir que o caso fosse tratado como lesão corporal seguida de morte ou, no máximo, homicídio culposo (não intencional).

O projétil atingiu Gustavo, que foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, mas não sobreviveu. No boletim de ocorrência, os policiais informaram que encontraram um simulacro de arma de fogo próximo ao local onde o adolescente baleado caiu.

Já Silva, que conduzia a moto, disse à Polícia Civil que não parou no bloqueio porque, além de não ter habilitação, o veículo estava em condição irregular, com problemas mecânicos. Segundo ele, nem ele, nem Júnior, seu amigo, portavam armas.

“A perícia não encontrou digitais nem do meu irmão, nem do Gustavo [Silva], no simulacro que os policiais apresentaram na delegacia horas depois [da ocorrência]. Além disso, todas as testemunhas confirmaram ter visto meu irmão segurando no ferro [apoio] detrás do banco, inclusive um rapaz que estava sendo abordado por outros policiais, bem próximo”, comentou a irmã de Gustavo. Já o advogado do policial destaca que as mesmas testemunhas “entraram em contradições várias vezes” ao longo do processo.

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“Mesmo assim, ninguém, em nenhum momento disse ter visto meu irmão mexer na cintura. Até porque a moto estava em uma velocidade que não permitiria que ele se soltasse. E como diz o promotor, meu irmão teria que pretender se suicidar para puxar um simulacro contra um policial armado”, ponderou Yandra.

A Agência Brasil consultou a Polícia Militar sobre a situação funcional de Edimilson Dias Ferreira Júnior e sobre os possíveis efeitos de sua absolvição, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado distrital Fábio Felix (PSOL), se manifestou sobre o caso nas redes sociais. “Me somo à dor e à indignação dos familiares do Gustavo Henrique diante da absolvição, por júri popular, do policial que o assassinou em 2022. Gustavo era um jovem negro de 17 anos e foi alvejado enquanto estava na garupa de uma moto”, escreveu o parlamentar.

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Justiça suspende mapa da Lei de Zoneamento da capital paulista

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O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo suspendeu liminarmente o mapa da Lei de Zoneamento da capital paulista. O mapa é usado para definir os limites de construção e as atividades permitidas em cada zona do município. A decisão do desembargador relator Nuevo Campos, publicada no último dia 14, ocorreu em resposta a um pedido do Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo.     

O MP solicitou a inconstitucionalidade dos artigos 84 da Lei 18.081, de 19 de janeiro de 2024, em sua redação original e na redação promovida pela Lei 18.177, de 25 de julho de 2024. Os artigos definem o mapa da Lei de Zoneamento de São Paulo. 

De acordo com o MP, a redação dos artigos incorre em vícios de inconstitucionalidade em razão da ausência de participação popular, ausência de planejamento técnico e violação aos princípios da impessoalidade, da moralidade, da segurança jurídica e da motivação.  

“Em atenção aos princípios da economia e da celeridade processual, acolho o pedido de aditamento da petição inicial. Oportuno observar, neste aspecto, que não houve alteração substancial do ato impugnado e que o novo dispositivo se sujeita aos mesmos vícios de inconstitucionalidade deduzidos na inicial, sendo idênticos os fundamentos”, disse o desembargador, na decisão liminar.

A Procuradoria-Geral do Município de São Paulo informou, por meio de nota, que a prefeitura de São Paulo ainda não foi intimada sobre a decisão. “Quando for, tomará as medidas que considerar cabíveis.”

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Vereadora pede suspensão de apreensões de mototáxis em São Paulo

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A vereadora Amanda Paschoal (PSOL) entrou com representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) pedindo a suspensão das apreensões de motocicletas usadas por motoristas de aplicativos na modalidade de mototáxi em São Paulo. Além de pedir a suspensão das apreensões, a vereadora solicita que o MPT investigue se as empresas de aplicativo estão respeitando os direitos trabalhistas, especialmente no que diz respeito à segurança e remuneração dos mototaxistas.

O serviço de mototáxi na capital paulista é proibido por decreto municipal desde 2023. Além disso, o transporte individual de passageiros remunerado sem autorização do município é considerado clandestino, de acordo com as leis 15.676/2012 e 16.344/2016.

Segundo a prefeitura, a decisão de proibir esse tipo de transporte na capital foi baseada em dados sobre o aumento de acidentes, mortes e lesões envolvendo motocicletas na cidade. “O número de mortes de motociclistas aumentou 22% de janeiro a novembro de 2024, passando de 350 óbitos no mesmo período de 2023 para 427 em 2024, mesmo com a implementação de medidas de segurança como a Faixa Azul”, diz a prefeitura.

A prefeitura apresentou ontem (22) notícia-crime contra a empresa 99 por descumprimento do Decreto Municipal 62.144/2023 e pediu, no âmbito da ação civil pública, que todas as medidas tomadas contra a 99 fossem estendidas à Uber, que já foi notificada pelo Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV). Segundo a prefeitura a notícia-crime também será apresentada contra a Uber às autoridades policiais.

Na petição, a prefeitura argumenta que São Paulo tem a maior frota do país, com mais de 9 milhões de veículos em circulação, o que torna o trânsito da capital significativamente diferente do de outras cidades, sendo este um fator de impacto direto nos acidentes de trânsito ocorridos na cidade, principalmente para os motociclistas, que são mais vulneráveis.

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A 99 iniciou o transporte de passageiros em moto por aplicativo no dia 14 de janeiro. A Uber implantou o serviço na quarta-feira (22). As duas empresas argumentam que a atividade é privada, legal e regida pela Política Nacional de Mobilidade Urbana, sustentada pela Lei Federal n° 13.640. Amparadas por essa lei e pelo fato de haver 20 decisões judiciais favoráveis, as empresas continuam oferecendo corridas de moto, mesmo contrariando a proibição do prefeito e os dados sobre os acidentes apresentados pela administração municipal.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as principais plataformas do país, diz que às prefeituras compete regulamentar e fiscalizar a atividade com exigências específicas, mas não proibir. Além disso, a Amobitec contesta análises que considera infundadas, segundo as quais, cabe aos aplicativos a responsabilidade por eventuais aumentos de acidentes de trânsito por motos.

“Deve-se observar que os cerca de 800 mil motociclistas cadastrados no Brasil nas três maiores empresas do setor (99, iFood e Uber) representam apenas 2,3% da frota nacional de 34,2 milhões de motocicletas, motonetas e ciclomotores, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Além disso, 53,8% dos motociclistas no Brasil não têm habilitação, totalizando 17,5 milhões de condutores irregulares, segundo a Senatran. No caso das associadas da Amobitec, 100% dos condutores têm obrigatoriamente a CNH e a documentação regular de seus veículos”, afirma a associação.

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Com 105 mortes em 2024, Brasil é o país que mais mata pessoas trans

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No ano passado, 105 pessoas trans foram mortas no Brasil. Apesar de o país ter registrado 14 casos a menos que em 2023, o país segue, pelo 17º ano consecutivo, como o que mais mata pessoas trans no mundo. Os dados são do Dossiê: Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024: da Expectativa de Morte a um Olhar para a Presença Viva de Estudantes Trans na Educação Básica Brasileira, da Rede Trans Brasil.

O dossiê, que será oficialmente lançado no próximo dia 29 nas redes sociais da organização, reúne os casos divulgados por meios de comunicação, como internet, redes sociais, jornais e emissoras de televisão, ao longo do ano passado.  

A maior parte dos casos, 38%, foi na Região Nordeste, que continua sendo a que mais registra mortes de pessoas trans desde 2022. A Região Sudeste aparece em segundo lugar, com 33% dos assassinatos, seguida pelo Centro-Oeste, com 12,6% dos mortes; pelo Norte, com 9,7%, e Sul, com 4,9% dos casos.

Entre os estados, em números absolutos, São Paulo foi o estado com maior registro de assassinatos: 17. Minas Gerais, com 10 casos, e o Ceará, com 9, aparecem em seguida.

“A queda no número de mortes de pessoas trans em relação a 2023 é um pequeno alívio, mas não podemos ignorar que elas ainda acontecem. Isso reflete como o Brasil está em um processo lento e desigual de mudança. Apesar de avanços em debates públicos e de maior visibilidade, a violência e o preconceito ainda são uma realidade para muitas pessoas trans. Essa trajetória mostra que, embora existam sinais de progresso, a luta está longe de acabar”, diz a secretária adjunta de Comunicação da Rede Trans Brasil, Isabella Santorinne.

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A organização é uma das que colaboram com a pesquisa Trans Murder Monitoring, que monitora os assassinatos de pessoas trans e de gênero diverso em nível global. A pesquisa considera os casos registrados até 30 de setembro de cada ano. Em 2024, foi registrado em nível global o maior número de assassinatos, 350 pessoas trans.

Apenas a América Latina e o Caribe reúnem cerca de 70% dos casos, um total de 255. O Brasil lidera o ranking com 106 mortes notificadas no período considerado. Em seguida, estão México (71), Colômbia (25), Equador (14), Honduras (6), Argentina (6), Guatemala (5), Venezuela (4), Cuba (3), Panamá (3), Peru (2), Bolívia (2), Nicarágua (2), Uruguai (1), Porto Rico (1), Chile (1), Guiana (1), Trindade e Tobago (1) e República Dominicana (1).

“É muito contraditório, porque o país que mais consome pornografia trans no mundo é o Brasil e o Brasil também é o país que mais mata pessoas trans, ou seja, as pessoas sentem prazer e desejo pelos nossos corpos, e ao mesmo tempo sentem ódio e repulsa pelos nossos corpos. É muito contraditório”, diz Isabella Santorinne.

Perfil

A maioria das mortes registradas no Brasil é de mulheres trans ou travestis, que correspondem a 93,3% das vítimas. As demais vítimas, 6,7% são homens trans. A maior parte tinha idade entre 26 e 35 anos (36,8%), era parda (36,5%) ou preta (26%) e era trabalhadora sexual.

“Os dados evidenciam e detalham a realidade violenta à qual pessoas trans e travestis são submetidas. Nosso dossiê também revela que a faixa etária média das pessoas mortas era de 26 a 35 anos e elas eram, em sua maioria, pessoas racializadas, incluindo pretas e pardas. Além disso, muitos dos homicídios registrados desde 2016 tiveram como vítima trabalhadoras sexuais que foram assassinadas ou violentadas em seu local de trabalho, as ruas”, enfatiza Isabella.

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O levantamento mostra ainda, que a maior parte dos casos, 66%, ainda estava sendo investigada e que, em 34% deles, o suspeito foi preso. Dentre os casos com os devidos registros, os agressores eram companheiros e ex-companheiros, em 14 casos; clientes, em nove; e nove foram de execução com possível envolvimento com dívidas com agiotas, drogas e ligação com organizações criminosas.

As mortes foram, a maioria, por arma de fogo e facada. Os homicídios ocorreram, a maior parte, em vias públicas, seguido pela residência da própria vítima.

O dossiê também analisou o respeito dos meios de comunicação aos nomes das vítimas. No ano passado, 93,3% dos casos foram respeitados e 6,7% trataram as vítimas pelo chamado nome morto, ou seja, o nome pelo qual a pessoa era chamada antes da transição de gênero.

De acordo com Isabella, o dossiê dá visibilidade aos assassinatos e violências cometidas contra pessoas trans no Brasil e ajuda a desenvolver políticas públicas. “Faltam políticas públicas voltadas para a proteção de pessoas trans. Embora existam iniciativas pontuais, elas são insuficientes diante do cenário de exclusão e violência que a população trans enfrenta. É urgente criar ações que promovam educação inclusiva, empregabilidade, acesso à saúde e segurança, além de garantir que crimes transfóbicos sejam devidamente investigados e punidos. Sem políticas públicas eficazes, a luta pela sobrevivência e dignidade continua sendo uma batalha diária para pessoas trans no Brasil”, diz a secretária adjunta de Comunicação da Rede Trans Brasil.

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