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Saúde

Ministério cobrará meta para hospitais federais municipalizados no Rio

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O Ministério da Saúde estabeleceu metas de qualidade de atendimento nos hospitais federais do Rio de Janeiro que passaram por mudança de gestão. A afirmação é da ministra Nísia Trindade, que fez uma visita ao Hospital Federal do Andaraí, zona norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (7).

A unidade, assim como o Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona oeste, teve a gestão transferida definitivamente do ministério à prefeitura do Rio em dezembro de 2024.

A pasta repassou R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões à verba que o município recebe do governo para atendimento de média e alta complexidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Para cada uma das parcerias existem metas. O governo federal tem uma Secretaria de Atenção Especializada, que estará acompanhando o cumprimento dessas metas, como se tem que fazer para garantir não só a qualidade do serviço, mas também estar perto, porque muitos desafios precisam, muitas vezes, de um apoio do governo federal, que, por sua vez, quer que a população seja bem atendida”, declarou a ministra, sem detalhar as metas específicas.

Na quinta-feira (6), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra participou da reabertura do setor de emergência e de 218 leitos do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte. Em outubro de 2024, a unidade teve a gestão transferida para o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa pública vinculada ao Ministério da Saúde e que está à frente de quatro hospitais em Porto Alegre.

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A ministra da saúde, Nísia Trindade, durante visita ao Hospital Federal do Andaraí – Walterson Rosa/MS

Outras parcerias

O estabelecimento de metas valerá para os seis hospitais federais do Rio. Todos estão incluídos em um plano de reestruturação elaborado pelo ministério. O Hospital dos Servidores, na região central do Rio, passará pela fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Dois outros hospitais federais (Lagoa e Ipanema) ficam na zona sul. Em relação ao Hospital da Lagoa, há uma proposta em andamento com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para integração do Instituto Fernandes Figueira (IFF). Já o Hospital de Ipanema passa por ações de modernização e melhorias nos próximos meses.

Enfatizando que “não vamos abandonar os hospitais”, a ministra afirmou que não cabe ao ministério a administração das unidades federais no Rio.

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“Temos consciência de que a gestão hospitalar não deve ser uma atribuição direta do Ministério da Saúde, que tem que cuidar da saúde em todo o Brasil.”

Assim como o Hospital Federal de Bonsucesso, os dois hospitais municipalizados reabriram os setores de emergência esta semana.

Os investimentos neles vão permitir o funcionamento de 700 leitos. No Andaraí, o número deve passar de 304 para 450. Já o Cardoso Fontes tem 182 e passará a ter 250 leitos.

Rede de atendimento

De acordo com a ministra, a reabertura das emergências e recriação de leitos causam impactos positivos em toda a rede de atendimento do SUS no estado do Rio.

“É fundamental ter essas emergências, isso desafoga também as nossas [unidades de Pronto Atendimento] UPAs, e as emergências então mais vocacionadas para aqueles casos mais graves”, ressaltou.

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Na visita desta sexta-feira ao Andaraí, vizinho a um conjunto de favelas, a ministra Nísia Trindade conversou com pacientes e funcionários, visitou setores reabertos e áreas ainda em obras, como a do ambulatório e a cozinha, fechada há 12 anos.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, todas as intervenções devem estar concluídas no primeiro trimestre de 2026.

Um dos objetivos é recuperar no Andaraí o status de referência no tratamento de queimados.

A prefeitura passou a ser responsável pela contratação de funcionários. Os servidores federais que atuam na unidade serão submetidos a processos de movimentação voluntária, que respeitará a opção deles por outros locais de trabalho.

Solução definitiva

A ministra Nísia informou que a situação de precariedade dos hospitais federais no Rio era um dos pontos mais críticos da pasta, quando assumiu em 2023, início do terceiro mandato do presidente Lula.

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Ela entende que a transferência de gestão para prefeitura e outras instituições, como o GHC, foi pactuada de forma que as novas gestões sejam permanentes. “É para ficar, não é solução provisória.”

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Saúde

Campanha vai estimular vacinação de adolescentes contra o HPV

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No Brasil há pelo menos 7 milhões de adolescentes entre 15 a 19 anos que não estão vacinados contra o HPV, apesar de já terem saído da faixa etária adequada para receber o imunizante, que é de 9 a 14 anos. Por isso, o Ministério da Saúde vai realizar ao longo deste ano uma campanha de resgate, para identificar e vacinar esses adolescentes.

O HPV é o vírus responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres brasileiras. Ele também pode causar câncer no ânus, pênis, vagina e garganta. A vacina disponível atualmente no Sistema Único de Saúde protege contra os quatro subtipos que mais provocam câncer e também verrugas e feridas nos órgãos genitais.

A vacina tem maior eficácia se for aplicada antes do início da vida sexual, porque isso diminui muito as chances de uma infecção prévia, já que a via sexual é a principal forma de transmissão do HPV. Por isso, a faixa etária da vacinação de rotina vai de 9 a 14 anos. 

A consultora médica da Fundação do Câncer Flavia Correa ressalta que é fundamental resgatar quem não foi vacinado, para que o Brasil avance rumo à meta de eliminar o câncer de colo do útero. Segundo ela, quando o país começou a vacinação contra o HPV, em 2014, houve uma cobertura excelente na primeira dose, chegando a quase 100%. Já na segunda dose, teve uma queda muito grande, porque houve muito terrorismo contra a vacina. 

“Depois disso, a gente teve a pandemia de covid-19, quando despencou a cobertura de todas as vacinas e agora a gente está num momento de recuperar essas coberturas vacinais. E a vacina protege contra quatro tipos de vírus. Então, mesmo que a pessoa tenha tido contato com um desses tipos, pode não ter tido contato com os outros. Então, ainda existe um benefício”, explica a médica.

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Estratégias

Inicialmente, a ação é voltada para 121 municípios com as piores coberturas vacinais. Neles, vivem quase 3 milhões de adolescentes de ambos os gêneros não vacinados contra o HPV. A meta é que pelo menos 90% deles receba o imunizante. Quem não tiver certeza se tomou a vacina também deverá ser imunizado por precaução.  

Para garantir a campanha de resgate, todos os estados contemplados devem solicitar doses extras da vacina contra o HPV ao Ministério da Saúde, que vai se encarregar da compra e distribuição. Em uma cartilha lançada essa semana com orientações aos municípios, a pasta recomenda que também seja feita a vacinação fora das unidades de saúde, em locais como escolas e shoppings.

A cartilha destaca que a vacinação de rotina, para meninas e meninos de 9 a 14 anos, deve continuar normalmente. Desde abril do ano passado, o esquema vacinal é de apenas uma dose. A vacina contra o HPV é contraindicada apenas para gestantes e pessoas com hipersensibilidade grave ou alergia a levedura.  

A consultora médica  Flávia Correa lembra ainda que o imunizante é bastante seguro: “Já foram mais de 500 milhões de doses aplicadas no mundo todo. Ela tem um perfil de segurança ótimo. Os países que introduziram a vacinação há mais tempo já tiveram uma diminuição na prevalência de infecção de HPV e até na incidência de câncer de colo do útero. Ela é muito eficaz. Sempre que você tem prevenção primária, essa é a melhor maneira de evitar as doenças”, alerta a especialista. 

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Saúde

Entenda a relação entre a infecção por VSR e a bronquiolite

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O Ministério da Saúde anunciou esta semana que vai incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma vacina recombinante contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo os temidos quadros de bronquiolite.

Trata-se da vacina Abrysvo, produzida pela farmacêutica Pfizer. Segundo o ministério, a dose será aplicada em gestantes visando proteger o bebê ao longo dos primeiros meses de vida. A portaria oficializando a incorporação e detalhando o esquema vacinal deve ser publicada nos próximos dias.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o VSR figura como um dos principais vírus associados à bronquiolite, quadro caracterizado pela inflamação dos bronquíolos – pequenas e finas ramificações dos brônquios que transportam o oxigênio até o tecido pulmonar.

Segundo a SBIm, o vírus circula com maior intensidade no inverno e no início da primavera, períodos em que pode causar epidemias. No Brasil, a sazonalidade do VSR varia conforme as diferentes regiões do país. Surtos em outras estações do ano, entretanto, não são incomuns, sobretudo em países de clima tropical.

“Quase todas as crianças são infectadas com VSR pelo menos uma vez até os dois anos de idade. Recorrências em outros momentos da vida são comuns, uma vez que a infecção não proporciona imunidade completa, mas, em geral, são menos graves”, destaca a SBIm.

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Nos Estados Unidos, por exemplo, o VSR é responsável por mais de 50 mil hospitalizações entre menores de cinco anos. Já no Brasil, dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde indicam que o vírus é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos quadros de pneumonia em crianças menores de 2 anos.

De acordo com a SBIm, algumas condições crônicas aumentam o risco de infecção grave por VSR: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a asma; doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial coronariana; imunocomprometimento moderado ou grave; diabetes mellitus; distúrbios renais e hepáticos; e distúrbios hematológicos.

Sintomas

A maioria das crianças infectadas pelo VSR apresenta sintomas leves, geralmente semelhantes aos de um resfriado comum. Em menores de dois anos, entretanto, a infecção pode evoluir para sintomas mais graves e associados à bronquiolite.

Inicialmente, há coriza, tosse leve e, em alguns casos, febre. Em um a dois dias, pode haver piora da tosse, dificuldade para respirar, aumento da frequência respiratória – com chiado a cada expiração – e dificuldade para mamar e deglutir. Como sinal da menor oxigenação, pode haver azulamento de dedos e lábios.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico, de acordo com a SBIm, é clínico, mas a identificação e a confirmação de infecção por VSR são feitas somente por meio de exames laboratoriais, incluindo testes rápidos e ensaios moleculares, como PCR-RT, que detectam o antígeno viral.

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“Não há tratamento específico para o VSR. Diante de um quadro grave, é imprescindível a hospitalização para oxigenoterapia e outras medidas de suporte. Pode ser necessário o uso de respiradores mecânicos, em ambiente de UTI [unidade de terapia intensiva], destacou a entidade.

“A maioria dos pacientes inicia a recuperação em cerca de sete dias e se restabelece totalmente. Entretanto, crianças podem desenvolver alterações respiratórias crônicas e tornam-se mais propensas à asma no futuro”, completou a SBIm.

Transmissão

O VSR é transmitido pelas secreções do nariz ou da boca da pessoa infectada, por contato direto ou por gotículas. A transmissão começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infecção está completamente controlada. O período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção.

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Saúde

Com 300 casos por 100 mil habitantes, SP entra em epidemia de dengue

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O estado de São Paulo atingiu nesta sexta-feira (21) o marco de 300 casos de dengue para cada 100 mil habitantes, nível considerado de situação de epidemia.

Foram contabilizados 134 mil casos e 126 mortes este ano. Outras 252 mortes estão sob investigação. O governo estadual decretou emergência sanitária no estado na última quarta-feira (19). 

Em 2024, na comparação com o mesmo período deste ano (8ª semana epidemiológica), foram registrados 198 mil casos e 159 óbitos, com incidência de 446,3 casos para 100 mil habitantes. 

Força-tarefa 

A secretaria estadual de Saúde realiza uma força-tarefa nas cidades com maior incidência, e passará pelas regiões de Bauru, Araçatuba, Marília e São José do Rio Preto. As equipes estiveram hoje na cidade de Conchas, que está entre os municípios com o maior número de casos do estado, equivalente a 9,9 mil casos para 100 mil habitantes.

“Trouxemos nossa equipe de vigilância em saúde e epidemiológica para apoiar os serviços municipais. Alinhamos com a atenção básica local o apoio necessário para as tendas de hidratação e regulação de casos mais graves de pacientes”, declarou a secretária-executiva da pasta, Priscilla Perdicaris.

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As ações são voltadas para o combate ao mosquito transmissor e alerta para a população sobre situações de risco.

Na última quinta-feira (20), representantes do Ministério da Saúde foram a São José do Rio Preto, onde a Força Nacional do SUS atua há duas semanas com 27 profissionais.

Outros dez médicos, 22 enfermeiros, 18 técnicos de enfermagem e quatro farmacêuticos se unirão ao grupo nos próximos 15 dias e irão apoiar a rede de atendimento do município.

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