Internacional
Brasil divulga prioridades de sua presidência à frente do Brics
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O governo brasileiro divulgou nesta quinta-feira (13) um documento que sintetiza as prioridades de sua presidência à frente dos Brics. Ele foi disponibilizado no site recém-lançado que reúne o calendário de atividades previstas para 2025 e informações sobre o bloco, que é composto por países emergentes e voltado para o desenvolvimento socioeconômico sustentável.
São elencadas duas prioridades – cooperação do Sul Global e parcerias para o desenvolvimento social – que se desdobram em seis áreas centrais: cooperação em saúde global, comércio e finanças, mudança do clima, governança de inteligência artificial, reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança e desenvolvimento institucional.
Uma das discussões que deve ganhar centralidade envolve propostas de mudanças na estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU), pauta que o Brasil vem defendendo em diferentes fóruns internacionais.
Na área de cooperação em saúde global é mencionada a necessidade de incremento nos investimentos na área de pesquisa e de produção de medicamentos e vacinas.
Entre os temas relacionados com as finanças, destacam-se a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a agenda de financiamento climático. O documento lembra que o Brasil também sedia em 2025 a 30ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP-30).
Integridade e uso ético
Há ainda menções ao debate sobre proteção de dados pessoais e garantia da integridade das informações para o uso ético, seguro, confiável e responsável das tecnologias de inteligência artificial.
A sigla Brics é uma junção da primeira letra de cada um dos cinco primeiros membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nos últimos dois anos, no entanto, o bloco vem se expandindo e foram incorporados seis novos membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Além disso, foram admitidos como países parceiros Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
A presidência é exercida de forma rotativa. A cada ano, o país que lidera o bloco organiza a Cúpula de Chefes de Estado. Em 2025, o encontro deve ocorrer no Rio de Janeiro. No atual formato, ele é precedido de um extenso calendário de eventos mobilizando diferentes áreas dos governos dos blocos.
A primeira Cúpula de Chefes de Estado ocorreu em 2009 na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia. Desde então, o encontro ocorre anualmente sempre em um país diferente da edição anterior.
Cooperação
O Brasil foi sede em três ocasiões: 2010 e 2019 em Brasília e 2014 em Fortaleza. O calendário de 2025 está sendo organizado em torno do lema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável.
O documento que elenca as prioridades do governo brasileiro classifica o Brics como espaço voltado para a construção coletiva para se encontrar soluções diante dos desafios colocados no mundo e dos conflitos.
São registradas preocupações com o aprofundamento das tensões geopolíticas e com a fragilidade da ordem multilateral internacional vigente. “O recurso insensato ao unilateralismo e a ascensão do extremismo em várias partes do mundo ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades que penalizam as populações mais vulneráveis em diferentes partes do planeta”, informa o texto.
Internacional
Papa Francisco tem infecção polimicrobiana
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Em boletim divulgado nesta segunda-feira (17), o Vaticano informou que o papa Francisco foi diagnosticado com um quadro de infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o que levou a uma alteração no tratamento até então administrado.
“Todos os exames realizados até o momento indicam um quadro clínico complexo, que exigirá uma internação hospitalar adequada”, destacou o comunicado, publicado no perfil oficial do Vaticano no Instagram.
Ainda de acordo com a publicação, Francisco teve uma boa noite de sono, tomou café da manhã e se dedicou à leitura de jornais. “Mantém o bom humor”, acrescentou o Vaticano.
O pontífice foi levado para a Policlínica Agostino Gemelli, em Roma, na última sexta-feira (14), para realizar exames e seguir com o tratamento de um quadro inicialmente identificado como bronquite.
Internacional
'Cripto Gate': governo argentino enfrenta nova crise política
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A iniciativa do presidente da Argentina, Javier Milei, ao promover o lançamento de uma criptomoeda por uma empresa privada desencadeou uma nova crise política no país, forçando-o a anunciar uma investigação contra si mesmo.
O episódio que parte da imprensa argentina está tratando como o “cripto gate” envolve a suspeita de funcionários do governo federal, incluindo o próprio presidente, em supostas irregularidades envolvendo a criação da $Libra, uma criptomoeda que, segundo Milei, ajudaria a financiar pequenas empresas e empreendimentos argentinos.
As críticas e as reações à iniciativa de Milei se avolumaram depois que o presidente argentino publicou, nas redes sociais, um texto de apoio ao projeto Viva La Libertad, que é encabeçado pelo lançamento da $Libra.
Assim que o presidente tornou público seu apoio à iniciativa, o valor do ativo digital disparou, valorizando-se exponencialmente. Os poucos detentores da criptomoeda começaram então a vendê-la, com lucros altíssimos. Porém, o valor da $Libra voltou a cair tão logo especialistas e oposicionistas a Milei começaram a apontar o risco de fraude no empreendimento.
A primeira reação do presidente argentino foi apagar a publicação promocional de sua conta no X (antigo Twitter), substituindo-a por uma nova mensagem na qual afirmava não ter nenhum vínculo com o “suposto empreendimento privado”, do qual não conhecia os “pormenores”.
O esclarecimento não conteve a escalada da crise, a ponto do jornal La Nacion, um dos mais influentes do país, noticiar que o “escândalo $Libra abriu uma caixa de pandora”, com acusações de que pessoas próximas a Milei teriam pedido vantagens pessoais a empresários em troca de franquear o acesso ao presidente argentino.
Pressionado, o governo argentino anunciou duas medidas. Em uma nota oficial divulgada neste sábado (15), a equipe de Milei informou que o presidente determinou ao Gabinete Anticorrupção que apure se algum membro do governo nacional, incluindo ele mesmo, agiu de forma imprópria. Além disso, Milei informou que será criada, no âmbito da própria presidência, uma força-tarefa composta por representantes de vários órgãos e organizações interessadas no tema para que avaliem o projeto Viva La Libertad, a $Libra e todas as empresas ou pessoas envolvidas com a iniciativa.
Ainda na nota, a equipe de Milei esclarece que o primeiro contato do presidente com os representantes da empresa responsável pela $Libra aconteceu em 19 de outubro de 2024, durante um encontro no qual os empresários comentaram a intenção de “desenvolver um projeto para financiar empreendimentos privados na Argentina utilizando tecnologia blockchain”. O encontro, público, foi devidamente registrado na agenda de Milei, segundo sua equipe.
Cerca de dois meses e meio depois, em 30 de janeiro deste ano, por sugestão dos mesmos empresários, Milei se reuniu com o sócio do empreendimento que forneceria toda a infraestrutura tecnológica necessária.
“Finalmente, nesta sexta-feira, o presidente [Milei] compartilhou uma publicação em suas contas pessoais comunicando o lançamento do projeto, tal como faz cotidianamente em relação a muitos empreendedores que querem lançar um projeto para criar empregos e investir na Argentina”, acrescenta, na nota, a equipe do chefe do executivo da Argentina, reafirmando que ele não participou da criação e do desenvolvimento da criptomoeda.
“Frente as repercussões [negativas] que o anúncio do projeto gerou, para evitar qualquer especulação e para não dar mais publicidade [à iniciativa], [o presidente argentino] decidiu eliminar a publicação [de sua conta pessoal no X]”, finaliza a equipe presidencial, garantindo que todas as informações sobre o assunto que forem reunidas pelo Gabinete Anticorrupção e pela força-tarefa que será criada serão encaminhadas à Justiça, “para que esta determine se alguma empresa ou pessoa vinculada ao projeto cometeu algum delito”.
Na manhã deste domingo, representantes de duas organizações sociais (Observatório do Direito à Cidade e Movimento A Cidade Somos Nós Que A Habitamos) e de um partido político (Unidade Popular) ingressaram na Justiça com uma denúncia contra o presidente argentino, a quem acusam de ter prejudicado a mais de 40 mil pessoas ao se associar a um esquema que, segundo os denunciantes, teriam causado um prejuízo da ordem de US$ 4 bi.
Internacional
Hamas solta 3 reféns; Israel liberta 369 palestinos
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O Hamas soltou neste sábado (15) os reféns israelenses Iair Horn, Sagui Dekel Chen e Sasha (Alexander) Troufanov na Faixa de Gaza, enquanto Israel libertou cerca de 369 prisioneiros palestinos em troca, depois de mediadores terem evitado um colapso do frágil cessar-fogo.
Três israelenses foram levados a um palco em Khan Younis, ao lado de militantes palestinos, armados com rifles automáticos, mostraram imagens ao vivo do local. Em seguida, os reféns foram levados de volta a Israel pelas forças israelenses.
Pouco depois, os ônibus carregando os prisioneiros e detentos palestinos libertados partiram da prisão de Ofer, em Israel, para a Cisjordânia ocupada. O primeiro chegou a Ramallah e foi recebido por uma multidão, com algumas pessoas balançando bandeiras palestinas.
“Não esperávamos ser soltos, mas Deus é grande, Deus nos libertou”, afirmou Musa Nawarwa, de 70 anos, na cidade de Belém. Ele cumpria duas sentenças de prisão perpétua pela morte de soldados israelenses na Cisjordânia.
Os ônibus carregando centenas de palestinos libertados, alguns fazendo sinal de vitória pelas janelas, chegaram posteriormente no Hospital Europeu em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Alguns dos palestinos estavam cumprindo penas longas pelo envolvimento em ataques suicidas e outras ações que mataram dezenas de israelenses durante a segunda intifada palestina, nos anos 2000. Outros estavam presos por matar soldados israelenses na Cisjordânia ocupada.
Alguns deles, como Hassan Ewis, poderão voltar a suas casas. Outros, como seu irmão, devem ser deportados para o Egito.
Os registros de Ewis no Ministério da Justiça de Israel incluem a colocação de explosivos e a tentativa e efetivação de homicídios. Ele afirmou que as condições na cadeia eram difíceis, e que os palestinos não recebiam comida o suficiente.
Alguns dos reféns israelenses que voltaram ao país desde 19 de janeiro também relataram terem sido privados de alimentação, e ficado por meses em túneis, sem ver a luz do dia, além de serem sujeitos a abusos físicos e psicológicos.
Alguns palestinos que foram libertados estão retornando ao lugar, que não veem há anos, quando o território ainda não tinha sido reduzido a ruínas pelos bombardeios israelenses nos 15 meses de guerra. Mas a maioria foi presa após o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023.
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