Internacional
Dia Internacional do Café: grão costa-riquenho conquista turistas
A Costa Rica é conhecida mundialmente por suas praias exuberantes e pelas marcantes vegetações tropicais. Entretanto, além dos tradicionais passeios a vulcões e cataratas locais, as plantações de café costa-riquenho também vêm chamando a atenção dos turistas. No Dia Internacional do Café, neste domingo (1º), a Agência Brasil visitou uma plantação do grão nos arredores de San José, capital do país.
Atualmente, o café costa-riquenho é cultivado em pelo menos oito áreas produtoras: Brunca, Turrialba, Tres Ríos, Orosi, Tarrazú, Vales Central e Ocidental e Guanacaste. Praticamente 100% do café do país é da espécie arábica, que, de acordo com o Instituto do Café da Costa Rica, produz um grão de maior qualidade e uma bebida mais aromática e fina.
Guia turístico Jonathan Alfaro fala sobre a produção de café na Costa Rica – Paula Laboissiêre/Agência Brasil
O guia turístico Jonathan Alfaro destaca que o café costa-riquenho é cultivado em solos férteis de origem vulcânica e de baixa acidez, condições consideradas ideais para a produção do grão. Mais de 80% da área cafeeira na Costa Rica está localizada entre 800 e 1,6 mil metros de altitude e com temperaturas que variam entre 17 e 28 graus Celsius, além de bastante umidade.
“O método de colheita é manual. Só se escolhe os grãos maduros”, explica Alfaro. O setor cafeeiro da Costa Rica utiliza apenas o processamento úmido do café, quando a polpa é retirada no mesmo dia da colheita. O país também utiliza o processo de secagem ao Sol dos grãos, um dos sistemas mais procurados nos mais exigentes mercados globais, da acordo com o Instituto do Café da Costa Rica.
“Os frutos que não são bons são queimados para aquecer a máquina secadora, chamada guardiola. Nada é desperdiçado”, ressalta o guia turístico. Depois de seco, o café é transportado em sacas. A meta do setor cafeeiro da Costa Rica é aumentar a venda do grão no mercado do chamado café gourmet ou café fino. A estratégia, portanto, mira na qualidade, não na quantidade da produção.
Laboratório
Há exatos dois anos, a Costa Rica passou a contar com um laboratório de biologia molecular para combater a ferrugem do café, além de desenvolver novas variedades e material genético do grão e identificar plantas mais tolerantes às mudanças climáticas. O centro de pesquisa, localizado no Instituto do Café da Costa Rica, tem o apoio da União Europeia e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Internacional
Hamas liberta primeira de três reféns que devem voltar hoje a Israel
Já foi libertado um dos três reféns israelenses que vão ser entregues nesta quinta-feira (30) pelo Hamas. O Exército israelense confirmou que a refém Agam Berger já está em Israel. Os três reféns vão ser trocados por 110 cidadãos palestinos detidos por Israel.
Agam Berger “cruzou a fronteira para território israelense” sob a proteção de membros das forças especiais, após ser entregue ao Exército pela Cruz Vermelha em Jabalia, no norte do enclave, disse o Exército israelense em comunicado.
A soldado foi levada por militares até um palco improvisado, onde acenou para uma multidão que se juntou numa praça em Jabalia, cercada por um cenário de destruição. Agam Berger, de 20 anos, foi capturada durante o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, quando cumpria o serviço militar perto da Faixa de Gaza.
A libertação da soldado é a primeira prevista para esta quinta-feira, na terceira troca de reféns por prisioneiros palestinos no âmbito do cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Os outros dois a serem libertados hoje são outra jovem de 29 anos, Arbel Yehud, e um cidadão israelense-alemão de 80 anos, Gadi Moses.
Os três reféns vão ser trocados por 110 cidadãos palestinos detidos por Israel, incluindo 32 condenados à prisão perpétua.
Cinco tailandeses também devem ser libertados ainda hoje, fora do âmbito do acordo de trégua. Uma quarta troca está prevista para sábado (1º), com a libertação de três homens de acordo com o calendário anunciado por Israel.
Três civis israelenses e quatro soldados – todas mulheres – foram libertados até agora como parte do acordo de cessar-fogo, que começou em 19 de janeiro. Em troca, Israel libertou 290 condenados e detidos palestinos.
Palestinos continuam a regressar ao norte de Gaza
No âmbito do acordo que interrompeu 15 meses de guerra na Faixa de Gaza, Israel autorizou igualmente o regresso das pessoas deslocadas ao norte do enclave palestino. Segundo os dados mais recentes da Organização dos Estados Unidos (ONU), mais de 376 mil palestinos deslocados já regressaram ao norte da Faixa de Gaza desde segunda-feira (27).
O Hamas classificou o regresso como “vitória” para o povo palestino e sinalizou “o fracasso e a derrota dos planos de ocupação”.
Quase todos os 2,4 milhões de moradores da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
O cessar-fogo durará seis semanas e permitirá a libertação de 33 reféns mantidos em Gaza em troca de cerca de 1.900 prisioneiros palestinos.
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Internacional
Diversas embaixadas, dentre elas a do Brasil, são atacadas no Congo
Diversas representações diplomáticas estrangeiras – dentre elas a Embaixada do Brasil – foram atacadas na capital da República Democrática do Congo (RDC), Kinshasa.
Em nota divulgada na noite dessa terça-feira (28), o Itamaraty manifestou “grave preocupação” com os ataques e informou que os funcionários da embaixada brasileira estão bem.
Na nota, a diplomacia brasileira cita o “princípio básico da inviolabilidade das missões diplomáticas e a obrigação ativa de o país anfitrião garantir proteção ao pessoal da missão e a suas instalações”.
Na sequência, reitera confiança de que o governo congolês se empenhará para controlar a situação.
Segundo o Itamaraty, a bandeira brasileira foi retirada e levada pela multidão, durante o ataque à representação diplomática.
Em outra nota, publicada mais cedo, o governo brasileiro já havia manifestado preocupação com o recrudescimento da violência no leste da RDC, principalmente na cidade de Goma, e com os ataques registrados naquele país contra tropas de missão da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, que teriam resultado na morte de 13 de seus integrantes.
A nota lembra que o Brasil é contribuinte tradicional da missão que, atualmente, conta com a participação de 22 militares.
Entenda
De acordo com a imprensa internacional, integrantes do grupo M23 tomaram controle do aeroporto da maior cidade do país, Goma, após a captura da cidade “em uma ofensiva que deixou corpos espalhados pelas ruas”. Goma fica no extremo leste do país, na divisa com Ruanda, e a mais de 2 mil quilômetros de distância da capital Kinshsa, localizada no extremo oeste do país.
A situação atual é apontada como a maior escalada desde 2012, neste conflito que já dura três décadas, em meio a disputas pelo controle dos recursos minerais do país. Além de ser rica em ouro, a região possui minerais essenciais para a produção de celulares e baterias para veículos elétricos.
Em setembro de 2024, uma missão das Nações Unidas (ONU) naquele país informou que o comércio de minerais na área de Rubaya representa mais de 15% do fornecimento global de tântalo, considerado um mineral crítico pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
ONU
Diante da situação no país, o Conselho de Segurança da ONU divulgou, no início da semana, uma nota na qual pede o fim da ofensiva do M23 no Congo. Segundo a ONU, o grupo seria financiado pelo governo de Ruanda, o que, até o momento, ainda não foi confirmado – nem negado – pelo país vizinho.
A ONU ressalta que o M23 estaria “violando cessar-fogo definido em processo de paz”, e que deveria “reverter a expansão territorial dos últimos dias”. Ainda segundo as Nações Unidas, o grupo armado teria tomado o controle de outras duas cidades congolesas: Masisi em 4 de janeiro e Sake no dia 23.
A nota reafirma “apoio inabalável” à negociação em curso entre a RDC e Ruanda liderada pelo mediador designado pela União Africana, o presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço.
“Para o Conselho, esses avanços representam uma grave violação do cessar-fogo e minam os esforços para alcançar uma solução política pacífica e duradoura para o conflito por meio do processo de Luanda [capital da Angola]”, afirmou a ONU ao manifestar “apoio inabalável” à mediação liderada por Angola por uma solução política entre Congo e Ruanda.
*Com informações da Reuters
Internacional
Diplomata dos EUA é chamado ao Itamaraty para esclarecimentos
A secretária de Comunidades Brasileiras no Exterior e Assuntos Consulares e Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro, reuniu-se na tarde desta segunda-feira (27), em Brasília, com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para tratar sobre a deportação de brasileiros no último fim de semana.
A convocação pelo Palácio do Itamaraty é um gesto diplomático que expressa descontentamento de um país com outro. A realização da reunião foi confirmada à Agência Brasil por fontes do governo brasileiro e também pela diplomacia norte-americana.
Segundo os relatos, durante a reunião, o Itamaraty solicitou esclarecimentos do governo americano sobre o tratamento dispensado a brasileiros deportados em um voo fretado pelos Estados Unidos, que chegou ao país na última sexta-feira (24).
Os cidadãos brasileiros estavam detidos nos Estados Unidos por não possuírem a documentação de imigração exigida, e alegaram que, durante a viagem, permaneceram algemados, foram agredidos e tiveram privação de banheiro e alimentação. Brasil e EUA têm acordo vigente de deportação, mas o tratado prevê tratamento digno e humanitário, o que não ocorreu.
Após uma escala técnica em Manaus, o governo brasileiro interveio na situação, por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinando a retirada das algemas, prestando assistência humanitária e enviando um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar os nacionais deportados e enviá-los até o destino final previsto, Belo Horizonte. O grupo desembarcou na capital mineira no sábado (25).
Esta foi a primeira leva de brasileiros deportados desde a posse do presidente Donald Trump, que prometeu tolerância zero com a imigração ilegal no país. Gabriel Escobar é atualmente o representante da diplomacia americana no Brasil, após a saída da embaixadora Elizabeth Bagley, indicada pelo governo anterior, de Joe Biden, mas que deixou o posto na capital brasileira.
À reportagem, a Embaixada dos Estados Unidos confirmou a realização do que chamou de uma “reunião técnica” com autoridades do Ministério das Relações Exteriores, mas não deu detalhes sobre o que foi conversado no encontro.
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