Internacional
Após impeachment, Presidente da Coreia do Sul é destituído do cargo

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi destituído do cargo nesta sexta-feira (4) pelo Tribunal Constitucional, que confirmou o impeachment aprovado pelo Parlamento por causa da imposição da lei marcial que provocou a pior crise política do país em décadas, abrindo caminho agora para uma eleição.
A decisão unânime encerra meses de turbulência política que tem ofuscado os esforços para lidar com a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, em um momento de desaceleração do crescimento da quarta maior economia da Ásia.
Eleições
A decisão agora dá início a uma corrida para eleger o próximo presidente dentro de 60 dias, conforme exigido pela Constituição. O primeiro-ministro Han Duck-soo permanecerá como presidente interino até que um novo líder seja empossado.
Lee Jae-myung, o líder populista do Partido Democrático, que perdeu para Yoon por uma margem mínima em 2022, é claramente o favorito, mas enfrenta seus próprios desafios legais devido a vários julgamentos por corrupção.
Os conservadores, por sua vez, têm um amplo campo de candidatos.
“A decisão unânime do Tribunal Constitucional eliminou uma importante fonte de incerteza”, disse o professor Leif-Eric Easley, da Universidade Ewha, em Seul, observando como o próximo governo teria de enfrentar desafios, incluindo as ameaças militares da Coreia do Norte, a pressão diplomática da China e as tarifas comerciais de Trump.
Lei marcial
O presidente interino da Suprema Corte, Moon Hyung-bae, disse que Yoon violou seu dever como presidente com sua declaração de lei marcial em 3 de dezembro, agindo além de seus poderes constitucionais com ações que foram “um sério desafio à democracia”.
“(Yoon) cometeu uma grave traição à confiança do povo”, disse Moon, acrescentando que a declaração da lei marcial criou o caos em todas as áreas da sociedade, da economia e da política externa.
A Human Rights Watch considerou a decisão uma vitória para a resiliência do país, a busca pelos direitos humanos e os valores democráticos.
Milhares de pessoas em um comício que pedia a destituição de Yoon explodiram em aplausos ao ouvir a decisão, entoando “Nós vencemos!”
Já partidários de Yoon reunidos perto de sua residência oficial assistiram à decisão em um telão em um silêncio atônito.
Internacional
Dilma Rousseff destaca pontificado humanista e corajoso de Francisco

A presidenta do banco dos Brics e ex-presidenta da República Dilma Rousseff manifestou nesta segunda-feira (21) profundo pesar pelo falecimento do papa Francisco. Em nota divulgada pelas redes sociais, ela destacou o legado humanista do pontífice e o classificou como “um exemplo de humanidade”.
“A partida de Sua Santidade marca o fim de um dos pontificados mais humanistas, corajosos e inspiradores da história recente”, afirmou. Para Dilma, o papa, primeiro da América Latina, “trouxe para o trono de Pedro a linguagem do cuidado, da simplicidade e da esperança”.
A ex-presidenta, que esteve com o pontífice em 2024, ressaltou ainda o papel de Francisco na defesa dos mais pobres, na promoção da justiça social, da fraternidade entre os povos e na luta pelo meio ambiente — frequentemente referida por ele como a “Casa Comum”.
“Em tempos marcados por desigualdades, crises ambientais e conflitos, Francisco foi presença de luz — capaz de unir fé e razão, espiritualidade e ação, oração e ternura”, escreveu Dilma, que em 2013 recebeu o papa Francisco em sua visita ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude.
Ela também relembrou momentos pessoais de admiração pelo líder religioso: “Sempre me emocionei com sua capacidade de escuta, seu olhar sereno, suas palavras desarmadas. Francisco devolveu ao mundo a beleza da misericórdia”.
A presidenta do banco dos Brics prestou solidariedade à família do papa, ao povo argentino — país natal de Jorge Mario Bergoglio — e aos milhões de fiéis em todo o mundo que se sentiram tocados por sua mensagem. “Seu filho mais universal será lembrado com orgulho por gerações”, afirmou Dilma.
“Hoje, o mundo perde um líder espiritual. Eu me despeço de um exemplo de humanidade. Descanse em paz, Papa Francisco.”
Internacional
Papa pediu velório simples em testamento assinado em 2022

O Vaticano divulgou nesta segunda-feira (21) o testamento deixado pelo papa Francisco. Assinado em 29 de junho de 2022, o pontífice pediu que seu sepultamento seja feito com simplicidade.
No documento, o papa também solicitou que o sepulcro seja montado no chão e de forma simples, sem decoração especial e somente com a inscrição Franciscus na lápide.
O testamento também previu que o corpo do pontífice seja sepultado na basílica papal de Santa Maria Maior.
“Desejo que minha última viagem terrena se conclua justamente neste antiquíssimo santuário mariano, onde ia rezar no início e no fim de cada viagem apostólica, para confiar com fé minhas intenções à mãe imaculada e agradecer-lhe por seu cuidado dócil e materno”, justificou.
O papa também se preocupou com os gastos do funeral.
“As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas com a quantia de um benfeitor que destinei à basílica papal de Santa Maria Maior, conforme instruções que providenciei transmitir ao monsenhor Rolandas Makrickas, comissário extraordinário do capítulo liberiano”, escreveu.
No final de seu testamento, o papa deixou uma mensagem de fraternidade para o mundo.
“Que o senhor conceda a merecida recompensa àqueles que me amaram e continuarão a rezar por mim. Ofereço o sofrimento que se fez presente na parte final da minha vida ao Senhor, pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos”, concluiu.
Mais cedo, o Vaticano confirmou que o pontífice foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.
Os detalhes do rito de sepultamento e os próximos passos do Vaticano com relação à sucessão papal ainda não foram divulgados.
Internacional
Suprema Corte impede Trump de usar Lei de Inimigos para deportações

A Suprema Corte dos Estados Unidos proibiu, neste sábado (19), o presidente Donald Trump de usar a Lei de Inimigos Estrangeiros para deportar venezuelanos para prisão de El Salvador. A decisão é temporária e vale enquanto o tribunal não analisa o caso de forma definitiva.
“O governo é instruído a não remover nenhum membro da suposta classe de detentos dos Estados Unidos até nova ordem deste tribunal”, diz a decisão, que teve voto contrário de dois dos nove magistrados da Corte máxima do país.
Até então usada apenas em tempos de guerra, a lei de 1798 foi evocada por Trump em meados de março para deportar 238 imigrantes da Venezuela sem direito à apelação para prisão de El Salvador sob acusação de integrarem a organização criminosa Trem de Aragua.
Familiares dos imigrantes deportados sob essa lei negam as acusações e o governo da Venezuela recorreu ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra as deportações.
No dia 7 de abril, a Suprema Corte dos EUA autorizou o uso da lei desde que os imigrantes tivessem o direito de contestar a deportação. Porém, organizações de direitos humanos recorreram aos tribunais alegando que o governo Trump não estava respeitando a decisão.
A União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu) representou um grupo de imigrantes nos tribunais denunciando que novas deportações ilegais eram iminentes.
“A decisão [do governo] também não prevê nenhum processo para que indivíduos contestem que são membros da Trem de Aragua e, portanto, não se enquadram nos termos da Proclamação [da Suprema Corte]”, apelou a organização.
A Aclu lembra que, pelo menos, 137 venezuelanos foram removidos para El Salvador sem o devido processo legal “possivelmente pelo resto de suas vidas”.
“Resta saber se a maioria (ou talvez todos) dos homens não têm vínculos com o Trem de Aragua, pois o governo secretamente os expulsou do país e não forneceu informações sobre eles”.
A organização sustenta que as evidências têm mostrado que “muitos indivíduos removidos para El Salvador sob a Lei de Inimigos Estrangeiros não eram membros do Trem de Aragua”.
Na sexta-feira (18), o presidente Donald Trump postou um vídeo com supostos criminosos sendo deportados para El Salvador. Em seguida, publicou entrevista para a Fox News para defender as deportações para o país centro-americano.
“Nós não precisamos de legislação, precisamos de um presidente”, escreveu na postagem o presidente dos EUA, com tradução em espanhol para atingir o público latino-americano no país.
El Salvador
O governo de El Salvador, que há três anos governa por meio de decretos de Estado de Exceção, tem recebido prisioneiros enviados pelos EUA em troca de ajuda financeira e de “inteligência” do governo Trump.
O Centro de Confinamento de Terroristas (Cecot) de El Salvador, conhecida como maior prisão da América Latina, construída pelo presidente Nayib Bukele, é alvo de denúncias de violações de direitos humanos com prática sistemática de tortura, incluindo contra crianças, e por não conceder aos suspeitos direitos à defesa e julgamento justo, com condenações em massa.
“Aqueles que foram removidos para El Salvador enfrentam danos e condições prisionais ameaçadoras no Cecot, incluindo choques elétricos, espancamentos, afogamento simulado e instrumentos de tortura nos dedos dos detentos para tentar forçar confissões de filiação a gangues”, acrescentou a Aclu na ação judicial.
A entidade de defesa dos direitos dos imigrantes afirma ainda que o governo dos EUA tem usado critérios duvidosos para classificar os imigrantes como integrantes da organização criminosa da Venezuela.
“Incluindo atributos físicos como ‘tatuagens que denotam filiação/lealdade à Trem de Aragua’ e gestos com as mãos, símbolos, logotipos, grafites ou vestimenta. Especialistas que estudam a TdA explicaram como nenhum desses atributos físicos é uma forma confiável de identificar membros de gangues”, completou.
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